O mundo que vivemos mudou bastante. Após muitos anos de luta em todas as áreas da sociedade, a integração dos grupos LGBTQIA+ está acontecendo de forma bastante rápida e consistente. E as disputas nos Tribunais têm gerado vitórias importantíssimas. O conceito de família se modificou,recebendo a união entre pessoas do mesmo sexo, e esse tipo de relação recebeu finalmente a proteção da Justiça.

Recentemente, no Supremo Tribunal Federal, foi reconhecida a homofobia como crime de racismo, conceito que protege não só a discriminação contra raça e cor, mas contra a população LGBTQIA+. Sendo mais um passo na equiparação de direitos, e que obviamente não será o último.

Ainda assim, grande parte dessa população do Brasil ainda sofre com a Homofobia – discriminação e preconceito por orientação ou identidade sexual. Milhões de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Transgêneros e Intersexuais são desrespeitados como cidadãos, em vários aspectos, recebendo um tratamento diferente que em muitos casos, os deixa à margem dos direitos civis. Milhares de assassinatos são tristemente contabilizados em função disso.

Mesmo com a situação melhorando muito nos últimos anos, precisamos avançar mais. E não me refiro apenas aos ataques pessoais causados pela homofobia, lesbofobia ou bifobia. As políticas públicas devem continuar se atualizando, as leis precisam evoluir e a jurisprudência precisa se adequar à essa realidade social.

Mas tudo isso exige muita determinação e boa vontade de toda a sociedade. Sou uma das advogadas do Sul do Brasil especializada em Direitos Homoafetivos. Abracei a causa da população LGBT+ e luto pela defesa dos seus direitos Civis.

Felizmente, muitas situações já podem ser sanadas com remédios jurídicos adequados, enquanto outras ainda estão sendo discutidas e continuam a gerar polêmicas. Porém, hoje o casamento gay é uma realidade, a adoção por um casal homossexual já é possível e a homofobia se tornou uma preocupação das políticas públicas em muitas cidades.